Quando comparamos o trânsito de Anápolis com os de outras cidades maiores, como Goiânia; Brasília; Belo Horizonte; Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, certamente podemos afirmar que vivemos no paraíso. Ou, pelo menos, a dois passos dele. Nossos compatriotas das referidas (e de muitas outras) cidades em questão, não têm esse privilégio. Há anos, goianienses; brasilienses; belorizontinos; soteropolitanos, cariocas e paulistanos, vivem às turras com engarrafamentos, acidentes, congestionamentos, atrasos e muitos, muitos outros problemas na equação do tráfego.
Em Anápolis, ainda, se pode sair do trabalho às seis da tarde e, quando muito, em meia hora estar em casa. De ônibus demora mais um pouco, “mas dá pra chegar numa boa”. Nas grandes cidades, efetivamente, não é assim. Trabalhador demora, no mínimo, duas horas para chegar em casa, depois de oito, dez horas de jornada, sem contar as duas horas, ou mais, que gastou na ida para o trabalho pela manhã. Poucos deles têm assim, o sagrado momento de almoçar em casa, com a esposa e os filhos. Os trabalhadores de lá, saem de casa e as crianças “ainda estão dormindo”. Quando voltam, as crianças “já estão dormindo”. Encontro mesmo, só no final de semana e/ou em feriados prolongados.
Poder-se-ia dizer, então, que os anapolinos não têm com o que se preocuparem, quando o assunto é deslocamento para a escola, para o trabalho ou, para o lazer. Dá para ir administrando isso. Um jeitinho aqui, outro jeitinho ali e, no final, todos se salvam. Certo?
Pode ser que sim, pode ser que não. Apesar de não parecer, o trânsito de Anápolis já começa a incomodar, em que pese o contínuo cuidado exercido pela CMTT. Há de se reconhecer isso. As ruas ganham nova sinalização, os semáforos estão sendo trocados, algumas avenidas e ruas têm mudanças no traçado e outros projetos vêm sendo aplicados, com o objetivo, certamente, de melhorar o relacionamento pedestre/veículo. Se vai dar certo, é uma resposta a se cobrar dos usuários do sistema.
Diríamos que “acendeu a luz amarela”. Não é o caos. Muito longe disso. Mas, também, não é a bonança. Temos problemas e problemas graves que, se não forem tratados a tempo, tornar-se-ão, com toda a certeza, problema crônicos. E, não queremos viver o que vivem os moradores das grandes cidades, principalmente das grandes capitais, onde, infelizmente, a qualidade de vida é prejudicada pela inexistência de uma política racional de trânsito. Então, que venha, e logo, o Plano Diretor para o trânsito de Anápolis. Todos nós, anapolinos, ficaremos gratos se ele vier e, principalmente, se for um plano inteligente, exequível, prático e humanístico. Assim esperamos, assim cremos.
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