sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Imposto nosso de cada dia

Os brasileiros já pagaram, este ano, mais de R$ 750 bilhões em impostos estaduais, municipais e federais. A marca está registrada no Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que está instalado no centro da capital paulista. O próprio Governo Federal, anunciou, esta semana, novo recorde em arrecadação, verificado no mês de julho. Coisa de R$ 67 bilhões. Um salto superior a 10 por cento, comparando-se com o mês de junho. Quer dizer, então, que nós, os brasileiros, continuamos pagando, de forma crescente, impostos, os mais diversos. Sinal de que o País está gerando divisas, que o Governo está “faturando” e que os cofres públicos não têm do que se queixar.
O que precisamos fazer, enquanto cidadãos, é saber se a parte que cabe aos governos, de uma maneira geral, está sendo cumprida. Ou seja, se a contrapartida pública vem sendo executada com a mesma eficiência com que a máquina arrecadadora funciona. Os governos (Federal, estaduais e municipais) de uma forma global, já provaram que são bons para cobrar tributos. Afinal de contas, pesquisas oficiais demonstram que cada cidadão nesse País, trabalha, em média, quatro meses, somente para pagar impostos. Isto, calculando-se por baixo. Significando, então, que o Brasil é uma grande máquina geradora de tributos e uma insaciável nação retentora dos recursos que saem do processo produtivo.
É certo que qualquer país organizado, e desenvolvido, tem, sim, o direito de cobrar tributos. Afinal de contas, é com esse dinheiro, tirado dos trabalhadores que, teoricamente, são projetados, e executados, benefícios comunitários. Quem paga impostos quer, em troca, qualidade de vida. Boas estradas, segurança pública, bom atendimento na saúde pública e escolas razoáveis para a educação dos filhos. Sem contar, claro, outros projetos sociais, tipo política ecológica, alternativas de lazer, diversão, esporte e assim vai. Afinal de contas, os trabalhadores têm esse sagrado direito.
Mas, a pergunta que todo brasileiro, todo goiano e todo anapolino gostaria de fazer, certamente é esta: Estamos tendo a retribuição devida? A Prefeitura nos devolve, em obras físicas e sociais, o que pagamos de impostos e taxas? E o Governo do Estado, estaria ele cumprindo com a sua obrigação de fazer pelo povo o que prometeu durante a campanha política? Sem se esquecer, também, do Governo Federal. Ele vem retribuindo ao povo brasileiro a confiança depositada em forma de tributos? Quem se habilitaria a responder a tais perguntas?
Assim sendo, no dia três de outubro, dia das eleições, o povo mesmo vai fazer o julgamento. Está contente com a atual situação, ou pretende mudar alguma coisa? O que esperava dos governos é isso mesmo, ou vai tentar uma mudança nos quadros. Eleição é isso. É a oportunidade, e quem sabe única, de o povo se manifestar sobre o seu grau de satisfação quanto ao que os governos lhe oferecem. Sem paixão, sem clientelismo, sem mercantilismo.

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