Um dos mais antigos ditados populares, a ideia de que a propaganda seja capaz de ditar as normas de comportamento em todo o mundo, é levada ao pé da letra em muitas situações. Tanto é assim, que as grandes marcas, mesmo sendo recordistas de vendas, não abrem mão de, sempre, serem lembradas, através dos veículos de comunicação, os mais diversos. Assim, também, é o comportamento humano. Quem quer fazer sucesso, tem que se anunciar. Valendo, então, a outra máxima de que “quem não é visto, não é lembrado!”. Também nada mais acertado. Com a aproximação da data limite em que os brasileiros vão escolher seu novo presidente (nova presidente?), os governadores (governadoras?) deputados (deputadas) federais e estaduais mais senadores (senadoras), nunca se apostou tanto em divulgação. Cada partido ou coligação entende que “quando começar a propaganda eleitoral gratuita, as coisas mudam”. Os que estão na dianteira, alardeiam que vão manter e, se possível, melhorar este status quo. Os que ainda não deslancharam, asseguram que quando forem para o rádio e a TV, “tudo vai ser diferente”. Mas, será que muda mesmo? Há gente pagando pra ver. Fala-se, muito, que as pessoas não devem se deixar levar por aparências. Que, o importante é avaliar o candidato, o programa de ação que ele pretende desenvolver, seu passado, sua vida. Esse é um direito dos eleitores. Afinal de contas, o povo estará escolhendo políticos que terão a incumbência de comandar a Nação Brasileira por quatro anos. No caso dos senadores, oito anos. Então, é muito tempo. E, será que somente a propaganda no rádio e na TV seria suficiente para que o cidadão, o eleitor, o pai e a mãe de família, realmente, optem pelo melhor nome? Há controvérsias. Mas, este é o jogo e, jogo tem de ser jogado. De outro lado, existe a corrente que defende uma forma diferente de avaliação. Considerados céticos, os seguidores dessa tendência garantem que existe muita “propaganda enganosa” em tudo isso. Candidato que na televisão, e no rádio, é um verdadeiro “santinho”. Mas, sua vida pregressa, seu histórico, sua ficha, não são de boa recomendação. Sem contar candidato que tem recursos financeiros, faz uma propaganda mais bonita, contrata boas agências, institui projeto de divulgação envolvendo muita gente, muito dinheiro, muito carro, muito papel. Isso, certamente, impressiona, causa impacto e sugere preferência do eleitorado, principalmente para os defensores do chamado “voto útil”. Gente que não pretende “desperdiçar o voto” e acaba colocando a emoção acima da razão. Às vezes deixa de votar em candidatos, realmente, de boa qualidade, para acompanhar a tendência, a onda do “já ganhou”. E, isso é ruim. Entretanto, pelo sim, pelo não, três de outubro ainda está, relativamente, longe. Dá tempo suficiente para que os cidadãos brasileiros, os eleitores de todos os cantos do País se preparem com vistas a esta importante data. Que as pessoas não se deixem levar pela aparência, muito menos pelo compadrio, ou, quem sabe, pela emoção dos candidatos bem falantes, elegantes, ricos e famosos. Isso, nem sempre funciona. Neste caso, a propaganda não seria, efetivamente, a alma do negócio. | ||
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sexta-feira, 30 de setembro de 2011
A alma do negócio?
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