sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Nova etapa

Mais de meio século depois de ser instalada a primeira escola de ensino técnico no Estado de Goiás, o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em Anápolis, a população, hoje calculada em mais de 350 mil habitantes, possivelmente dez vezes maior do que a daquela época, recebe, com bom grado, um projeto da mesma vertente, só que, em versão moderna, ampliada e atualizada. Trata-se da unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, o Ifet, que começou a funcionar, esta semana, no Vivian Park, região Oeste da Cidade. Não se trata de uma simples escola, ou de uma escola comum. Trata-se de um centro tecnológico, destinado a formar profissionais qualificados, com alto teor de conhecimento técnico, objetivando suprir o mercado de trabalho mais do que emergente que se verifica em Anápolis e região.
As fábricas já chegaram, as vagas de emprego estão sendo ofertadas e, lamentavelmente, a maioria delas sendo ocupadas por trabalhadores oriundos de outras regiões do Brasil. Tudo isso porque existia uma carência preocupante quanto à qualificação dos jovens para o, cada vez mais exigente, mercado trabalhista. É claro que uma instituição desse porte não se faz da noite para o dia. Não seria possível que, já no início de seu funcionamento, o Ifet preenchesse todas as expectativas, que resolvesse todos os problemas e que formasse a mão de obra adequada para cada perfil de empresa instalada ou em instalação. Seria insensato pensar assim.
O que há de se comemorar, e, com certeza isso irá acontecer, é que, a partir de agora, existe, em Anápolis, mais um referencial importante no que se refere à oferta de mão de obra especializada. Nos anos 50, a Escola “Roberto Mange” se instalou por aqui e supriu o mercado com centenas de marceneiros; torneiros; mecânicos, técnicos em edificação e uma série de outros profissionais que foram extremamente importantes para as empresas locais. Mas, muitos deles ganharam outros horizontes e foram prestar serviços em cidades como Goiânia, Uberlândia e Uberaba. E, quando começou a construção de Brasília, no início dos anos 60, houve uma grande corrida para a Nova Capital. Não foram poucos os jovens formados pelo SENAI que conseguiram bons empregos na emergente Capital da Esperança.
Da mesma forma, espera-se que o Ifet passe a formar profissionais de talento e boa qualificação para, também, daqui a alguns anos, ser lembrado como uma usina geradora de excelentes profissionais, que contribuiu, ao lado de outras instituições correlatas, como o próprio SENAI, para se escrever uma bela página do desenvolvimento de Goiás e do Brasil. Certamente que isto acontecerá. Os primeiros e decisivos passos já foram dados.

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