Queremos segurança!

Não que haja entre nós, anapolinos, qualquer síndrome de pânico. Não estamos atemorizados, não estamos atormentados, nem vivendo uma situação caótica, tipo estado de guerra. Pelo contrário. Ainda não estamos experimentando nenhuma situação, ao menos parecida com o que se observa nos chamados grandes centros, tipo Rio de Janeiro, São Paulo e outras cidades, onde o crime vive de mãos dadas com a sociedade e as pessoas não se sentem seguras em casa; no trabalho; na rua; nos bancos, nem nos shoppings, até então, tidos como locais de tranquilidade e adequados para a presença de gente de bem. Não tem sido mais assim, lamentavelmente.
E, por aqui, como estão as coisas? Certamente que melhor, muito melhor do que se observa por lá. Mas, já estamos ficando preocupados. Quem frequenta as delegacias plantonistas (repórteres, advogados, etc.) da Polícia em Anápolis, sabe, muito bem, do que se está tratando aqui. A violência cresce, infelizmente, junto com a Cidade. Anápolis experimenta, com certeza, um dos mais férteis períodos de sua história, com o PIB local se antepondo e se sobressaindo face aos demais, não só de Goiás, mas, de várias partes do Brasil. Nossa economia está indo às mil maravilhas, se tanto.
Todavia, no ano passado tivemos um recorde absoluto em crimes contra a pessoa (homicídios, tentativas, lesões corporais e outros) o que acende, com certeza, a luz amarela da preocupação. Daí gritarmos por mais segurança. Necessitamos de mais segurança. Não esta impressão, ou sensação, de segurança com que as autoridades trabalham. A presença da Polícia nas ruas não intimida mais a ninguém. De nada adianta, ou, pouco adianta, viaturas circulando de um lado para outro, sem um projeto científico. De nada adianta instalar delegacias e não colocar gente preparada para atuar nelas. De nada adianta prender malfeitores, se não há locais próprios para colocá-los. Um dia eles vão sair da cadeia e, a maior parte quando sai, todo mundo sabe de que jeito é. Pior, muito pior, do que quando entrou.
Esta semana o Secretário da Segurança Pública, João Furtado de Mendonça, veio a Anápolis. Certamente que não foi uma mera visita. Afinal de contas, o Governo do Estado a que ele serve, tem dívidas e compromissos importantes para com a Cidade, compromissos esses, feitos em troca do grande apoio que o Governador Marconi Perillo recebeu da grande maioria dos eleitores anapolinos. E, dentre tais compromissos, certamente está a melhoria na segurança pública. Por ter ido embora sem conceder entrevistas, fica difícil confirmar o que foi tratado. Mas, intuitivamente pode-se perceber que o recado foi dado a ele. Anápolis precisa, e com urgência, de investimentos na área da segurança pública. A torcida é para que eles, realmente, venham, e venham logo. Afinal de contas, a velocidade com que o Município está se desenvolvendo, exige a contrapartida veloz do Governo Estadual. Afinal de contas, estamos falando da segunda maior arrecadação de tributos para Goiás. Uma contribuição assim, tem de ser respeitada. Ou não?