sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Descentralização urgente!

É chegada a hora de se pensar Anápolis de forma diferente. Alguns procedimentos que já duram décadas, precisam ser mudados, de maneira rápida e eficaz, a fim de que não se perca mais tempo. Descentralizar... Esta é a palavra de ordem. O congestionamento, cada vez mais agressivo, das ruas centrais, sinaliza para um colapso que tem, quem sabe, até, data marcada. As ruas apertadas do centro da Cidade não comportam mais o elevado, e cada vez mais crescente, número de veículos. Caminhões; ônibus; carros, utilitários; motocicletas (milhares delas) bicicletas, carroças e veículos assemelhados se misturam nas ruas, provocando problemas os mais diversos, em que pese os esforços do Governo Municipal em organizar a situação.
Mas, há coisas que não têm jeito. É preciso que se mudem. Ou que sejam mudadas. Algumas bandeiras bancárias já estão sentindo o drama e vêm, aos poucos, implantando agências e postos de atendimento em diversos bairros, principalmente os mais populosos como Jaiara e Jundiaí. Da mesma forma, a Prefeitura vem fazendo a sua parte, criando as agências do Sistema Municipal de Serviços (Rápido) que desafoga, um pouco, o já tumultuado trânsito na região central. Todavia, ainda é pouco. Anápolis recebe, em média, 50 novos veículos por dia. E, eles vão circular nas mesmas vias, nos mesmos espaços de décadas atrás. É a lei da física. Muitos corpos em um mesmo espaço. Não funciona.
Assim sendo, a Prefeitura tem pela frente uma tarefa das mais difíceis. A começar pela necessidade, urgente, de se repensar o tráfego das pesadas carretas que fazem as operações de carga/descarga no chamado centro atacadista. O incentivo para a abertura de garagens modernas, com vários pavimentos, objetivando abrigar um maior número de veículos, é, indiscutivelmente, outra solução que, por sinal, tem dado certo em cidades de portes médio e grande por todo o Brasil. Por que não, em Anápolis? Da mesma forma, é preciso que se privilegie o transporte coletivo. A criação de corredores específicos para os ônibus, pelo menos nas vias consideradas eixos, é uma exigência imperiosa.
Anápolis necessita, também, de uma política mais eficiente de ocupação do solo. As grandes empresas do centro da Cidade deveriam ser incentivadas e estimuladas a se transferirem para regiões mais afastadas. A população carece de mais espaço para se locomover, as calçadas precisam ser desobstruídas, as praças devem ser devolvidas ao povo. Os pedestres devem ser prioridade nas ruas apertadas, de calçadas estreitas. É a humanização do trânsito, a imperiosa necessidade de se valorizar o ser humano em detrimento da máquina. Não se trata de tarefa simples. É uma árdua e trabalhosa decisão que deve ser tomada. Mais cedo, ou, mais tarde. Mas, que tem de ser tomada, não restam dúvidas. Então, que se comece por agora.

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