Definitivamente, Anápolis não pode mais depender de quatro ou cinco ruas ou avenidas para seguir adiante na proposta de se tornar o grande eixo da economia do Centro Oeste. Hoje, praticamente tudo passa por vias como a Avenida Goiás e as ruas Barão do Rio Branco, Engenheiro Portella e General Joaquim Inácio. Estas vias, com toda a certeza, não conseguem mais fazer a logística do tráfego e, seguramente, já se transformaram no suplício dos anapolinos. Mas, não existem alternativas hoje em dia. Quem vem da região Leste para o centro da Cidade, só tem a Avenida Goiás como alternativa. Da mesma forma, o sentido inverso. Existem estrangulamentos que não permitem um fluxo mais eficiente e eficaz. Há quem diga ser inadiável criar-se um eixo Leste/Oeste, aproveitando-se a região da Avenida JK, ligando-a à Rua Eugênio Jardim e esta, à Avenida Getulino Artiaga.
Trata-se, certamente, de uma obra ousada, já defendida por algumas administrações, mas que não teve prosseguimento. Fala-se que há a necessidade de se desapropriarem áreas de alto valor comercial e que a Prefeitura não disporia, no momento, de recursos para tal finalidade. Entretanto, mais cedo, ou mais tarde, a solução deverá ser encarada. Afinal de contas, o volume de veículos não pára de crescer e a tendência é justamente esta: a conversão do movimento para o centro nervoso de Anápolis, onde estão as agências bancárias, as lojas, as repartições públicas e outros serviços essenciais.
O eixo formado pela Avenida Brasil seria, por assim dizer, o mais consistente e o mais racional, devido à estrutura oferecida. Mas ele, também, se não houver a descarga para rotas alternativas, não suportará, por muito tempo, a carga de veículos de todo os portes que por ali trafegam. Em determinadas horas do dia, até a grande Avenida Brasil se torna um problema para o trânsito anapolino. Quem procede, por exemplo, de bairros como JK; São João; Vila Esperança, DAIA, etc. e quer se dirigir ao centro, só tem a conexão da Avenida Brasil com a Avenida Goiás como alternativa. Se houvesse um redirecionamento do tráfego para a Rua Engenheiro Portella ou para a Avenida Miguel João, com certeza, haveria um substancial desafogo. Isto, para ficar nesses poucos exemplos. Existem dificuldades tão, ou mais importantes quanto estas. É o caso da Avenida Pedro Ludovico; da Avenida Mato Grosso, da Rua Leopoldo de Bulhões e outras em que, também, o grau de dificuldades é, praticamente, insuportável.
O certo é que, Anápolis precisa, urgentemente, de um plano diretor para seu trânsito. Reconhece-se o esforço da CMTT e da própria Prefeitura em buscarem soluções. Mas, se for feita uma pesquisa entre condutores de veículos motorizados e pedestres, certamente o nível de descontentamento seria grande. Muitos dirão, por certo, que é um problema nacional, que todas as cidades vivem esta situação. Mas, quem sabe Anápolis não dê, também, o exemplo nessa questão, criando um trânsito inteligente, seguro, confiável e mais humano. É difícil... Mas, tem jeito.
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