sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Um bom problema

A despeito da urgente e inadiável necessidade de se encontrar uma solução para o acesso e, consequentemente, para a saída de veículos no Distrito Agro Industrial de Anápolis, ver suas vias internas abarrotadas de veículos é motivo, sim, de regozijo. Afinal de contas, quem está em Anápolis há mais tempo, se recorda, muito bem, da época em que o Daia estava, praticamente, morto. Funcionavam algumas poucas empresas, assim mesmo, a duras penas. Não havia, a rigor, perspectiva de que ele recobrasse a finalidade para a qual foi criado, onde foram, à época, investidos milhões e milhões, dinheiro dos cofres públicos estaduais.
Mas, esta é uma página virada na história do Distrito Agro Industrial de Anápolis, indiscutivelmente, um dos mais completos de todo o Brasil. Prova disso é a busca incessante de espaços, por parte de empresas oriundas de todos os cantos do Brasil, para aqui instalarem suas plantas produtivas. Prova maior disso, também, é a diversidade que tomou conta daquele pólo industrial, com empreendimentos, os mais diversos, gerando, hoje, mais de 13 mil empregos diretos.
Há casos concretos de cidades que investiram alto, se prepararam para o recebimento de grandes projetos, mas a proposta acabou não vingando. Em Anápolis, felizmente, foi o contrário. Hoje o Daia não tem uma área sequer para oferecer a quem deseja implantar sua fábrica. É, ou não é, um bom problema? Com certeza que sim, pois qualquer governo, em qualquer dimensão e em qualquer situação, gostaria de estar vivendo o que Goiás vive: falta de espaço para novas fábricas.
E, fábrica, todo mundo sabe: é sinônimo de progresso, de desenvolvimento, de dinheiro circulando, de pais de família empregados, ganhando, honestamente, o pão de cada dia. Desta forma, preocupa, sim, a difícil situação para o escoamento do tráfego no interior do Distrito. Até porque, quando ele foi projetado, com certeza, seus idealizadores não imaginariam que houvesse tamanho movimento. Sem contar que, naquela época (década de 70) os veículos eram de menor porte, não haviam as grandes carretas de hoje, o movimento rodoviário era bem menos intenso e os grupos empresariais ainda não haviam tomado ciência da grande proposta industrializadora do Estado. Aliás, ainda não haviam descoberto Goiás na essência maior.
Hoje, indiscutivelmente, o Distrito Agro Industrial de Anápolis é um dos maiores geradores de tributos, de riquezas e de prosperidade, não só para Goiás, mas para todo o Centro Oeste. Como os manauenses se orgulham da Zona Franca de Manaus; como os baianos se orgulham dos distritos de Camaçari e Aratu; como os paulistas se orgulham do famoso ABC, como os capixabas se orgulham do Distrito Industrial de Serra e os gaúchos se orgulham do Vale dos Sinos, nós os goianos, e, muito especialmente, nós os anapolinos, devemos nos orgulhar do nosso Daia. Ele é grande, é forte e vai crescer e se fortalecer muito mais ainda. Para o bem de todos, com certeza.

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