Mesmo que um pouco tarde, parte do empresariado anapolino acordou para uma coisa interessante: a discussão sobre o novo Código Municipal de Posturas, em tramitação na Câmara de Vereadores e que deve ser votado em mais alguns dias. De repente, os comerciantes, industriais e outros representantes do PIB anapolino entenderam que, ou é agora, ou não será tão cedo, o momento de se resolverem alguns problemas que afetam a vida empresarial da Cidade. A definição de horários de funcionamento do comércio, a ocupação dos espaços públicos, a abertura de novos empreendimentos e uma série de outros assuntos que mexem, diretamente, com a vida econômica de Anápolis estava sendo debatida sem a presença dos que mais se interessam por isso: os próprios empresários.
Desta forma, ainda dá tempo de melhorar, aprimorar, corrigir, modificar, enfim, participar do projeto. Se deixarem passar esta oportunidade, os empresários vão se lamentar por muito tempo depois. Isto significa que as forças vivas de qualquer município devem estar atentas às decisões tratadas, apenas, na órbita política. Muita gente reclama de determinadas leis, achando-as esdrúxulas, ridículas e, em certos casos, imorais, mas não se manifestou (por desconhecimento ou por omissão) quando estas leis estavam sendo discutidas e votadas, em alguns casos por conveniência de grupos e por gente quem não entende do ramo.
Empresário tem, sim, de participar das decisões de sua cidade, de seu estado, de seu país. Afinal de contas, eles são parte ativa da estrutura econômico/financeira do povo. São eles que oferecem empregos, geram tributos, fazem girar o capital. Mas, lamentavelmente, com raríssimas e honrosas exceções, preferem ficar no conforto doméstico, ou nos espaçosos escritórios, do que irem à luta, brigarem por seus direitos, abrirem vertentes diferenciadas de participação. Nos chamados países “de primeiro mundo”, a força econômica é mais respeitada do que a força política, justamente porque os empresários aprenderam a lutar por seus diretos, por suas convicções Eles são chamados países ricos não é por acaso. E nem porque os governos assim o quiseram. São chamados países ricos porque as empresas são fortes, o capital é protegido e valoriza-se, muito, o trabalho de quem cuida da economia, a saber, os empresários.
Desta forma, está na hora, ou, está se passando da hora de os empresários de Anápolis, também, darem a sua contribuição indo ao debate, cobrando atitudes coerentes dos políticos, não para confrontá-los. Sim, para fazê-los ver que a força empresarial é extremamente importante na construção da democracia. Empresas fortes significam cidades, estados e países fortes. Não sendo assim, haverá, sempre, quem reclame da falta de compromisso dos governos para com as classes produtoras. Mas, estas classes, também, precisam fazer a parte delas. Que tal, em Anápolis, se começar discutindo o novo Código de Posturas? Depois vêm o Código de Edificações, o Plano Diretor de Trânsito e, assim por diante.
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