sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Pequenos grandes

Dias atrás, abordou-se aqui, neste espaço, a importância dos micros e pequenos empreendedores: 99,1 por cento das empresas nacionais; 52 por cento de ocupação da mão de obra e 20 por cento do PIB nacional (dados de 2010). O próprio Governo Federal aponta que são eles, os micros e os pequenos, os responsáveis por grande fatia do bolo arrecadador e, do oferecimento de postos de trabalho. Empresas com pequeno capital, com dois, três, cinco funcionários que geram tributos, que fazem a diferença na economia brasileira.
Claro que é importante o funcionamento das grandes fábricas, dos grandes projetos. Afinal de contas, o Brasil é um país emergente, que está com uma boa proposta de crescimento para se igualar às chamadas grandes potências mundiais. Temos condições para isso. Nosso povo é trabalhador, nossas riquezas e nossos recursos naturais são de excelente qualidade. Falta, então, pouca coisa. A partir de uma boa política de fomento, o que, diga-se de passagem, está ocorrendo em várias partes do País. Em Goiás, mais especificamente em Anápolis, há um bom exemplo disso.
Na semana passada aconteceu o Quarto Salão dos Empreendedores de Microcrédito. Quase cem empresários compareceram para mostrarem o que são capazes de produzir, bastando, para tanto, que se lhes dê um pequeno incentivo. E é, justamente, este pequeno incentivo que vem tirando milhares e milhares de pessoas do anonimato fiscal, da chamada indústria caseira, ou de “fundo de quintal”. Essas pessoas estão passando a ter uma identidade empresarial, um cadastro previdenciário e, acima de tudo, o resgate de suas cidadanias.
Estão de parabéns a Prefeitura, a Associação Comercial e Industrial, as agências de fomento, os bancos populares, enfim, todos os que formam essa cadeia produtiva que tem feito a diferença. Ver dezenas de pessoas que vivem praticamente no anonimato de sua simplicidade vendendo produtos, inclusive para fora do Brasil, é de uma alegria contagiante. Mas, foi isso que, realmente, aconteceu na feira. Houve casos de expositores que venderam toda a produção no primeiro dia, sinalizando, assim, que existe espaço para todos e que se houver um trabalho bem ordenado, o sucesso é garantido.
Desta forma, que venham outros salões, que apareçam outros expositores, inclusive centenas dos que poderiam colocar seus produtos, mas não tiveram a oportunidade. O Salão de Negócios dos Empreendedores de Microcrédito é uma porta fundamental para que a economia de Anápolis continue crescendo. Devemos, sim, prestigiar, enaltecer, exortar os grandes projetos implantados e/ou em implantação. Mas, nunca perdermos de vista o trabalho dos micros e pequenos empreendedores. Afinal de contas, eles são o suporte da cadeia produtiva nacional. Sem contar que são, também, consumidores do que se produz nas chamadas grandes empresas.

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