sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Discutir a sucessão

Muito que sorrateiramente, a corrida sucessória de 2012 já está ganhando corpo em Anápolis. Quer seja nos noticiários das emissoras de rádio, nas páginas de jornais ou em outros sistemas midiáticos, quer seja nos encontros e reuniões informais, o assunto eleições está, invariavelmente, em debate. Até nomes estão surgindo. Já se ouve falar, e muito repetidamente, em prováveis candidatos a candidatos, das mais variadas tendências, das mais diferentes ideologias e dos mais diversos ideais políticos. Candidatos e, candidatas. A pergunta que não quer calar, entretanto, é a seguinte: estaria na hora de se discutir sucessão municipal, em se sabendo que as eleições só acontecem no mês de outubro? Do ano que vem, é bom lembrar. Portanto, para os mais afoitos, o lembrete do folclore mineiro: “Afobado, come cru”. Para os que pensam, exatamente, o contrário, outro ditado popular: “Quem chega primeiro, bebe água limpa”. Pode ser que sim, pode ser que não.
É certo, também, o ditado que “Quando o povo quer, ninguém segura”. Ou aquele outro: “Quem está na chuva é para se molhar”, significando que política é feita com políticos e se faz política durante todo o tempo. Até porque o velho ensinamento grego diz que “O homem é um animal político (Aristóteles de Estagira (384 a.C - 322 a.C)”. E acaba sendo. O que não se pode admitir é a inversão dessa assertiva, ou seja, “O homem é um político animal”. Em muitos casos, até que daria certo. Todavia, eleição é coisa muito séria e deve ser tratada com seriedade. Não existe nada de anormal, ou de ilegal, discutir sucessão agora, diriam uns. “Discutir eleição agora, atrapalha o andamento do processo administrativo”, contradiriam outros. Mas, a verdade é que a maioria dos partidos, e dos políticos, está de olho na sucessão municipal do ano que vem.
A Cidade de Anápolis experimentou, nos últimos anos, um espetacular surto de progresso e desenvolvimento, aguçando o imaginário de muita gente. Os empresários enxergam em Anápolis um grande filão para instalarem e/ou ampliarem seus negócios. Os políticos sonham em governar uma cidade que tem aumentado, a cada dia que passa, e, em velocidade muito acima da média nacional, o seu status arrecadador. A tributação em Anápolis nunca esteve tão em alta, como o que foi visto na última edição do CONTEXTO. Assim sendo, seria prazeroso para qualquer político, ter a honra de governar Anápolis. Uma cidade “redondinha” com uma espetacular arrecadação e com uma extraordinária tendência de crescimento. Não se governa sem dinheiro.
Quanto ao mais, se está cedo, se está na hora ou, até, se já se está passando da hora de discutir a sucessão municipal em Anápolis, fica a critério de cada um. Para o cidadão, o contribuinte, o eleitor, o que importa, mesmo, é ver bons candidatos, com boas ideias, com bons propósitos. O restante, a disputa, como já foi dito, que fique a cargo dos interessados. E como tem gente interessada. Resta ao eleitor saber escolher o melhor. E, o melhor, pode até ser quem as pessoas menos esperam. Eleição é assim... Não se ganha de véspera. É preciso deixar o tempo correr.

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