"Sou valente com as armas; sou guapo como um leão; índio velho sem governo, minha lei é coração." Esta frase é atribuída ao Capitão Rodrigo Cambará, herói da revolução Farroupilha, o mais importante conflito já registrado no Sul do Brasil. Sua história faz parte da obra de Érico Veríssimo, mostrando a têmpera de um dos maiores idealistas de que se tem notícia no País. “Um Certo Capitão Rodrigo” do romance “O Tempo e o Vento” é uma pérola da literatura nacional.
Pois bem... Se os gaúchos se orgulham do Capitão Rodrigo, nós os goianos, e, muito especialmente nós, os anapolinos, nos orgulhamos de “um certo Capitão Waldyr”. Este, todavia, não é fruto de romance. Ele é real. Todos conhecem a sua história.
Militar do Exército Brasileiro, daí a legitimidade do título, Waldyr O’Dwyer, nascido no Rio de Janeiro, expedicionário da FEB, defendeu o Brasil na Segunda Guerra Mundial e, nos anos 60, veio para Goiás, de onde nunca mais saiu.
Waldyr O’Dwyer chegou, esta semana, aos 95 anos de idade, esbanjando saúde, vitalidade e uma memória inigualável. É o mesmo capitão que aportou em Anápolis para dirigir o Frigoiás, empresa instalada na Vila Fabril, depois de obter extraordinário sucesso atuando neste mesmo ramo na cidade de Ipameri, região da Estrada de Ferro. Seu desempenho como militar dispensa comentários. Sua capacidade, como empresário de sucesso, está mais do que clara e explícita. Muito já se falou, muito já se escreveu, muito já se contou sobre a vida e a obra desse extraordinário homem de negócios, rotariano exemplar, chefe de família inigualável e, acima de tudo, dono de uma modéstia que chega a confundir as pessoas.
Todavia, neste espaço, desejamos falar sobre o cidadão Waldyr O’Dwyer e o que ele representa para os anapolinos. Isto, por que, duvida-se que exista alguém que ame Anápolis mais do que ele, embora não tenha nascido aqui. Nos últimos 50 anos, ou mais, nenhum fato importante, nenhuma atividade que merecesse destaque quando o assunto é o desenvolvimento de Anápolis, deixou de contar com o apoio e a solidariedade desse verdadeiro exemplo para todos. Waldyr O’Dwyer respondeu presente em todos os momentos em que o Município de Anápolis era enfocado. Foi assim na construção de Brasília; foi assim na implantação do DAIA, foi assim na vinda da Base Aérea. Tem sido assim, ao longo de todos os anos passados.
Esse guerreiro que, por justiça, já poderia, se quisesse, estar desfrutando de uma bela aposentadoria, continua sendo o mais ativo defensor de Anápolis. Madrugador, presença constante nos negócios; nas reuniões do Rotary Clube; nos eventos relacionados à industrialização de Goiás, nos desfiles cívicos e nas reuniões empresariais, ele é, sempre, o primeiro que chega e um dos últimos a sair. Anápolis, para ele, é a grande prioridade. Talvez seja por isso que Waldyr O’Dwyer é tido como unanimidade entre todos aqueles que, de fato, gostam desta Cidade. É uma lenda viva que, mesmo próximo de chegar ao centenário, prova que amor, dedicação, companheirismo, trabalho e civismo, não têm idade, não têm fronteiras. Por certo, a atual e as futuras gerações de Anápolis e de Goiás, vão se espelhar no exemplo de carisma, de objetividade, de honradez e orgulho em defender seus ideais, seus sonhos, seus objetivos, o que ele faz como poucos. Vida longa ao nosso baluarte que é, por assim dizer, “um certo Capitão Waldyr”.
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