sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O trevo do Daia

Nenhum assunto foi mais polêmico em Anápolis nos últimos anos do que o drama enfrentado por trabalhadores, empresários e transeuntes que trafegam pelo trevo de aceso a Goiânia, mas que ficou mais conhecido por “trevo do Daia”. E é, realmente, o trevo do Daia, tendo em vista a importância que ele representa para a logística de fluxo do sistema viário naquela importante região da Cidade. Mas, de uns tempos para cá, a situação ficou insustentável, a ponto de se buscarem as mais diversas alternativas que possam amenizar o sofrimento de quem fica esperando, por longos minutos dentro de um carro, ou de um ônibus, com calor insuportável, pois não pode seguir adiante, nem retroceder. É só quem vive aquele martírio, no dia-a-dia que pode mensurar o real sentido das coisas.
Pois bem... O problema existe e problemas existem para serem equacionados, para serem resolvidos. A questão do trevo do Daia tem de ser resolvida. Com viaduto, sem viaduto, seja com o que for. O que não pode, mais, é deixar a situação como está e ao ponto em que ela chegou. Buscar culpados para se saber por que a licitação para se construir um viaduto foi cancelada, ao que consta, não seria prioridade agora. Isto é responsabilidade do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, da Justiça Federal que, por sinal, estão trabalhando no assunto.
Aos anapolinos o que mais importa, agora, é ver a situação sendo resolvida. Trabalhador que fica dentro de ônibus por, até, uma hora, chegando atrasado ao serviço, ou chegando em casa em horário avançado, por conta dos engarrafamentos; caminhões e carretas que precisam carregar e descarregar na hora, pois têm compromissos de saída e de chegada; empresários que têm seus negócios, que precisam entrar e sair do Daia diversas vezes ao dia, os usuários da rodovia que corta o Distrito pelo meio. Estes, sim, são os têm interesse em se chegar ao denominador comum.
O que fazer, então? Ora, é pressionar as autoridades constituídas, os deputados, os vereadores, o Prefeito, o Governador, todos eles. Afinal de contas, são agentes públicos eleitos pela confiança popular, para cuidarem do bem estar da população. No caso do Daia, a situação é mais aguda ainda, pois ele é um dos maiores centros geradores de riquezas, tributos, bens e serviços de todo o Centro Oeste e não pode ter sua trajetória interrompida pela simples falta de um viaduto. Esta é a pura realidade.
Assim sendo, mesmo que se encontrem soluções paliativas, provisórias e inadequadas, o que não se pode é ficar parado, estático, vendo as coisas acontecerem. A história mostra que as principais conquistas do povo brasileiro e os principais feitos dos governos, em todos os tempos, aconteceram debaixo de pressão. Se for o caso, que todos, indistintamente, se juntem na busca de uma solução para o trevo do Daia. Sem vaidades políticas, sem se tirar proveito próprio da situação. Anápolis tem esse direito.

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