sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Mais segurança

A criação de mais um batalhão e a manutenção da Vigésima Quarta Companhia Independente de Polícia Militar, assim como a definição de um “grupo de elite” na PM, em Anápolis, passam a oferecer à comunidade o que se chama “sensação de segurança”. Isto, em outras palavras, significa que a população se sente mais aliviada e tranquila, ao saber que mais policiais estão trabalhando para a segurança pública. Certamente que ainda estamos longe do chamado ponto adequado, ou ideal de proteção, visto que a criminalidade avança, à medida que o progresso chega, o capital circula com maior volume e a cidade passa a contar com projetos econômicos de grande monta. O que não pode, e tomara que não ocorra, é “baixar a guarda”, contentar-se com o que já foi concedido e aceitar a situação como tolerável.
Nada disso... Anápolis tem, ainda, muitos caminhos a percorrer, em busca de uma política de segurança pública mais eficaz para sua população. Segurança pública, por assim dizer, não é, apenas, policiais circulando em viaturas pelas ruas, prendendo malfeitores e vigiando a cidade. Segurança pública vai além. Muito mais além. A cidade necessita, com urgência, da definição de uma política carcerária, por exemplo. Além da fétida, superlotada, obsoleta e irrecuperável cadeia pública, que agora tem o ostensivo nome de Centro de Inserção Social “Monsenhor Luiz Ilc”, que já deveria ter sido demolida, ou reaproveitada para outros projetos, existem mais pedras no caminho que precisam ser removidas o quanto antes.
Falar sobre o novo presídio de Anápolis já está se tornando enfadonho. Não existem mais argumentos, nem objetividade para se tratar deste assunto. Ao que consta, a coisa emperrou, outra vez, na administração política do Estado. Há quem afirme que o Governo não teria interesse em construir o mini-presídio. Aí, é outra conversa. Aliás, deveria ser conversa da classe política e da militância sócio/econômica e cultural do Município. Mas, fazer o quê? Ninguém move uma palha.
Vem, depois, a questão do Centro de Internação Juvenil, para onde são levados os praticantes de atos antissociais, terminologia bonita que significa “menor infrator”. Desses que roubam, assaltam, estupram, matam, barbarizam e não podem ser julgados como criminosos, porque não completaram 18 anos. A lei entende assim. E, ai de quem não respeitar esses “direitos”. Esse assunto, também, por incontáveis e intermináveis oportunidades, já foi objeto de avaliação pela imprensa pelos clubes de serviço, pelas lojas maçônicas e por grupos de formadores de opinião. Igualmente ao presídio, que parou na doação do terreno feita pela Prefeitura ao Governo do Estado, o projeto do Centro de Internação Infanto-juvenil ficou somente na ação do juiz Carlos Limongi que foi, sozinho, a Brasília, conseguiu a verba e, agora, espera, como todos os anapolinos, que o Governo do Estado faça o “dever de casa”, ou seja, dê a contrapartida em dinheiro, para que a obra comece. Há quem duvide disso.
Mas, a questão da segurança pública não fica somente aí. A cidade depende de políticas públicas, projetos inteligentes, para se recuperarem crianças, adolescentes e jovens contaminados por atividades criminosas. Não existem instalações decentes para a maioria das delegacias de polícia, quanto mais um local de amparo para mulheres agredidas e violentadas. E, por aí vai. A cidade tem de reagir. E, o momento é agora.

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