Não seria exagero algum, afirmar que Anápolis caminha para ser uma espécie de território, ao invés de, somente, município. Tipo os que existem na Europa e nos Estados Unidos. São cidades mais conhecidas do que os próprios estados onde elas se localizam. Cada qual por seu aspecto, por sua peculiaridade. Assim, existem comunidades como Manchester, na Inglaterra; Detroit; nos Estados Unidos; Le Mans, na França, Montreal, no Canadá e Genebra, na Suíça. Umas são famosas por suas indústrias, outras pela força turística e outras mais por eventos que promovem periodicamente.
Anápolis deverá ser assim em breve. Os prognósticos oficiais, por exemplo, apontam que, em curto espaço de tempo, o Município será o maior gerador de tributos estaduais, superando, inclusive, a Capital Goiânia. É um status e tanto, contrariando as versões do passado de que Anápolis não crescia, por estar “espremida” entre duas capitais.
Depois, muitos fatos têm, ao longo das décadas, “conspirado” em favor de Anápolis. Nos anos 30, o Governo Federal deu por encerrado o projeto ferroviário, justamente em Anápolis. Aqui foi o ponto final e/ou o ponto inicial da Estrada de Ferro Goyaz. Ou seja: Anápolis não se constituiu em ponto de passagem, ou de baldeação. Depois, o Governo do Estado resolveu construir Goiânia, a nova capital, a 50 quilômetros de Anápolis. O Município pôde, então, vender alimentos, material de construção e exportar mão de obra para lá. Em seguida, nos anos 60, veio a construção de Brasília. Tudo o que chegava do Centro Sul, via trem de ferro, ficava em Anápolis, gerando tributos e empregos para, depois, seguir rumo à Nova Capital Federal.
A sucessão de eventos foi se repetindo. Vieram a Base Aérea e o Distrito Agro Industrial, nos anos 70. E, agora, bem mais recente ainda, surgem os laboratórios; as montadoras de carros e aviões, entroncamento de ferrovias importantes e outros megainvestimentos. É uma realidade da qual não se pode fugir e que não se pode negar. Sem contar o fato de que o Município tem pequena área de domínio. Por um lado, pode ser ruim, pois os projetos de expansão se esbarram, justamente, na falta de espaços. Mas, pode ser bom, pois o Governo Municipal tem um território enxuto, de pequenas dimensões, com poucos problemas estruturais, como rodovias de grande percurso, falta de atendimento básico em regiões remotas e outros inconvenientes.
Então, o que falta? A princípio, não estaria faltando nada. Ou, sempre vai faltar alguma coisa para uma cidade que não para de crescer. O que remete, portanto, a alguns raciocínios lógicos. Quem investiu em Anápolis não se arrependeu. Quem vier para investir, da mesma forma, não se decepcionará. E, quem não investir, vai ficar na saudade. Longe está o tempo em que, quem tinha dinheiro em Anápolis, ia comprar imóveis em Goiânia e Brasília. Pode até ir hoje. Mas, não terá vantagem alguma. Aliás, vai é perder. De resto, a população espera a contrapartida dos governos (Federal, Estadual e Municipal) em obras físicas e sociais, retribuindo a montanha de dinheiro que o Município gera, anualmente, em tributos. O resto, pode deixar com a gente.
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